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Explorando a elegância intemporal dos brincos neoclássicos: Uma viagem pela história

Explorando a elegância intemporal dos brincos neoclássicos: Uma viagem pela história
Brincos em ouro de 19,2k. Marcas de contraste do Porto, séc. XIX. © Leiloeira Corte Real

 

No mundo em constante evolução da ourivesaria e joalharia, há certos estilos que resistem à passagem do tempo, cativando gerações com a sua elegância intemporal e desenhos elaborados. Os brincos neoclássicos, com a sua rica história e técnica requintada, são um excelente exemplo deste fascínio duradouro.

Ao longo do século XIX, houve uma tendência notável no desenho de joias para a simplificação de modelos eruditos em formas mais acessíveis e populares. Uma dessas evoluções foi a transformação da tipologia de brincos de três peças, que incluía os tão celebrados brincos "à rainha", nos estilizados brincos ditos "à rei".

 

Brincos em filigrana de ouro. Marca do ourives João Marques da Silva (?). Porto, ca. 1863. © House of Filigree Brincos à Rainha em filigrana de ouro 19,2k. © House of Filigree

 

 

Originalmente adornados com diamantes nas versões de alta joalharia, estes brincos viram gradualmente surgir versões mais simples, com gemas simuladas em chapa de ouro e motivos decorativos trabalhados em delicada filigrana. Esta mudança de design não só tornou estes brincos mais acessíveis, como também permitiu uma interpretação mais alargada da sua beleza e elegância.

 

 

Brincos em ouro cravejados com diamantes. Portugal, séc. XIX (1.ª metade). © Cabral Moncada Leilões
Brincos em ouro cravejados com diamantes, num trabalho vazado com enrolamentos semelhantes à técnica da filigrana. Portugal, séc. XIX (1.ª metade). © Veritas Art Auctioneers

 

 

Um exemplo notável desta evolução é encontrado nos brincos portugueses conhecidos como brincos de "Minas Novas", que remontam aos séculos XVIII e XIX. Estas peças requintadas, cravejadas com berilos ou outras gemas incolores que assim eram comercialmente designadas, mostram a fusão da inspiração clássica com o saber-fazer local, resultando numa estética única e cativante.

A influência destas peças históricas pode ser vista nas interpretações incorporando elementos de filigrana, pedras preciosas simuladas e motivos estilizados para criar peças modernas que prestam homenagem à tradição ao mesmo tempo que abraçam a inovação.

 

Brincos em prata cravejados com "Minas-Novas" (berilos). Portugal, séc. XVIII/XIX. © Cabral Moncada Leilões

 

Os brincos neoclássicos continuam a cativar os entusiastas da joalharia, em especial os colecionadores, transcendendo o tempo e as tendências com a sua beleza intrínseca e encanto intemporal. Quer sejam usados como uma peça de destaque ou como um toque subtil, estes brincos evidenciam uma sensação de sofisticação e graça que atravessa gerações.

Ao refletirmos sobre a rica história e o charme duradouro dos brincos neoclássicos, somos lembrados do fascínio atemporal da beleza clássica e do eterno legado do nosso património cultural. Com cada curva delicada e detalhe minucioso, estes brincos contam uma história de tradição, inovação e a busca intemporal da elegância.

 

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